quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

No ano 2013 eu quero...!


“Se você pode sonhar, pode fazê-lo.” Walt Disney

O mês de Dezembro traz com ele as suas peculiaridades e tradições, sendo para muitos o mês mais atribulado de todo o ano - depois do habitual corrupio natalício entra-se em preparativos para o ano novo que se avizinha. No dia 31, com o aproximar da meia-noite distribuem-se as tradicionais doze passas, agarra-se na taça de champanhe e, ao som das doze badaladas são pedidos os 12 desejos que se querem ver realizados no ano que está a começar.
Esta época é também conhecida como uma fase de balanço e de introspeção, na qual se analisa o ano que está a findar e se formulam os objetivos e as metas a alcançar ao longo do ano que se inicia. É comum elaborarmos listas (escritas ou apenas pensadas) nas quais explicitamos as nossas vontades de mudar e é também uma altura em que frases como “É este ano que…” , “este ano não volto a…” ou “a partir deste ano não hei-de…” se tornam mais habituais e recorrentes. Contudo, com o decorrer do mês de Janeiro, muitos dos objetivos vão sendo esquecidos e outros fracassam mesmo antes de serem implementados.
Fatores como a ausência de vontade e de motivação bem como a falta de sorte e de oportunidade são frequentemente apontados como a causa da não concretização das ideias e dos sonhos pessoais. No entanto, na grande maioria dos casos, a verdadeira razão pela qual eles fracassam prende-se com o facto de serem pouco desafiadores, ambiciosos e vagos ou, pelo contrário, serem inatingíveis e demasiado utópicos.  
Deste modo, ao formular objetivos pessoais há que ter em conta algumas especificidades que permitem facilitar a sua implementação, tendo por base que estes devem ser pensados enquanto um processo continuo mediante o qual há uma aproximação real e sustentada ao que desejamos alcançar. Citando um proverbio chinês “Uma viagem de mil quilómetros começa por um primeiro passo” e, nesse sentido, o estabelecimento de objetivos é uma forma de direcionarmos os nossos comportamentos em prol das nossas metas pessoais que ambicionamos concretizar.
A definição dos objetivos só por si não é suficiente se estes não forem passíveis de serem implementados (realistas, atingíveis e situados no tempo e no espaço) e, para tal devem situar-se ligeiramente acima da nossa zona de conforto (devem estar acima daquilo que pensamos ser facilmente alcançável, mas não tão acima que os torne impossíveis de alcançar).
Paralelamente os objetivos devem ser específicos e concretos bem como estar definidos de uma forma positiva e construtiva, com foco no que se pretende atingir e não naquilo que queremos evitar.
Situar as nossas metas no tempo e no espaço, evitando expressões como “Um dia hei de…” permitindo também calendarizar de forma realista a implementação dos objetivos, diminuindo assim as situações de adiamento ou de evitamento.
Deste modo, é importante que os objetivos e as metas pessoais, mais do que mudanças repentinas e radicais, sejam a base do processo de crescimento individual no qual cada pessoa se vais aproximando  progressivamente do seu eu ideal.
                                                                                     
Para facilitar a persecução das metas individuais há que…
1.      Estabelecer objetivos específicos – para tal é indispensável saber responder de forma objetiva às "w questions":
a)      Quem (who) - Quem está envolvido?
b)      O quê (what) - O que eu gostaria de realizar?
c)      Onde (where) - Identificar uma localização.
d)      Quando(when) - Estabelecer um calendário.
e)      Quais (which) - Identificar necessidades e limitações.
f)   Porquê (why) - Razões específicas, propósito ou benefícios de se realizar a meta.
“Quero ir a Roma com a Inês em Março – é uma cidade que eu acho muito bonita e que adorava conhecer. Para tal posso começar por, em janeiro procurar voos e hotéis baratos e em fevereiro ver no guia turístico (que vou comprar já amanhã) os museus que mais me interessam.”

2.      Estruturar os objetivos tendo em conta metas possíveis e realistas, organizadas:
a)      de forma clara, simples e específica
b)      de modo positivo e construtivo
c)      de acordo com a responsabilidade individual e não com enfase em ações que dependam de terceiros -
d)      no tempo e sem colocar a hipótese dos mesmos poderem ser adiados
e)      diariamente
No caso de os objetivos serem muito complexos, os mesmos devem ser subdivididos em etapas bem identificadas, realistas e objetivas.
Quero subir de S+ para Muito Bom a matemática. Mas:
- no próximo teste espero ter Bom para no seguinte alcançar o Muito Bom. Para tal tenho que fazer mais 10 exercícios todas as semanas, tirar as dúvidas nas aulas de apoio e estar mais atento às aulas.”

3.      Equacionar metas mesuráveis que permitam acompanhar os processos individuais – a consciencialização das pequenas vitórias e conquistas aumenta o envolvimento e a consequente motivação face aos objetivos que se querem ver realizados.
“Para perder 2 quilos num mês vou iniciar uma dieta amanhã e inscrever-me no ginásio na segunda. Espero perder 1 kg em 15 dias.”

Se fizer o que sempre fez terá o que sempre teve, mas se implementar pequenas mudanças continuas e direcionadas estará, pouco a pouco, a aproximar-se mais do que deseja alcançar.
Votos de um ano 2013 repleto de metas alcançadas.
Artigo escrito para o site Akademia (Janeiro 2012, adapt.)

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