O Natal aproxima-se trazendo
com ele um ambiente muito próprio.
As ruas são iluminadas com
luzinhas de várias formas; bolas e estrelas alegram os locais de passagem;
grinaldas de várias cores enfeitam cada esquina e até nas montras são colocadas
caixas embrulhadas com papel colorido e grandes laçarotes. Nas pracetas mais
centrais é ainda montada a tradicional árvore de natal, grande e imponente, que
transmite a magia natalícia a todos os que param para a contemplar.
Os centros comerciais
transformam-se em sítios de corrupio, onde se fazem as tradicionais compras e
se escolhem presentes para oferecer às pessoas de que mais se gosta. Em todas
as escolas fazem-se os últimos ensaios para a festa de Natal onde meninos e
meninas cantam, dançam e representam os vários significados do Natal, com o
intuito de orgulhar os pais e os avós que os aplaudem da plateia.
As casa são adornadas com os
enfeites desta quadra onde, para além do presépio e da árvore de natal, também
as prendas vão tendo um lugar de destaque. Grandes, pequenos, com embrulhos
mais coloridos ou mais discretos, os presentes vão-se amontoando em torno da árvore
de natal.
Muitas vezes apreciamos mais
um presente de grande dimensão do que um mais pequeno, dando mais valor ao
dinheiro investido na prenda do que à intenção da sua oferta. Deste modo, sem
darmos conta, transformamos a magia do natal num momento consumista,
desvalorizando assim os sentimentos de união, confraternização e afecto que
deveriam estar na sua base.
No entanto é possível
transmitir o nosso carinho sem recorrer a bens materiais, dando um bocadinho de
nós aos outros, trocando e partilhando afectos. Embora os bens materiais também
possam ser uma forma de demonstrarmos o nosso amor, carinho ou reconhecimento
por alguém, é o afecto que transmitimos que é guardado na memória de cada um e
é a partir dele que construímos relações gratificantes com as pessoas que nos
são queridas.
Neste sentido é importante dar
um toque de afecto ao Natal que se vive em cada lar, valorizando os pequenos
momentos: enfeitemos em conjunto a nossa árvore; revivamos o Presépio enquanto
fazemos o presépio deste Natal; façamos nós próprios presentes simbólicos;
sentemo-nos rodeados pelos que nos são queridos, ouvindo-os e partilhando com
eles histórias de outros natais. Tenha em consideração
que as crianças aprendem pelo exemplo, e portanto tente fomentar o diálogo e a
partilha, privilegiando os momentos de afecto e ternura em prol do consumismo
exacerbado.
Algumas ideias natalícias para fomentar o afecto:
Fomente comportamentos
afectivos nos mais diversos momentos, de forma simples e espontânea, através de
gestos ou de palavras;
Valorize as coisas positivas
em detrimento das negativas, o elogio sincero das qualidades é das melhores
recompensas que se pode receber;
Desenhe e escreva postais
personalizados (em formato digital ou em papel), onde deseje um bom Natal e
expresse os seus sentimentos em relação a essa pessoa;
Telefone às pessoas que lhe
são próximas e, contrariando a agitação diária, dê-se tempo para partilhar com
elas momentos especiais;
Não tenha medo de demonstrar
afecto às pessoas de quem gosta, através de um abraço, de um beijo ou simplesmente
através do desejo sincero de um bom Natal;
Seja cordial com as pessoas
com quem se cruza no quotidiano: os gestos mais simples, como um sorriso, têm
um impacto significativo na disposição de cada um.
Neste Natal procure oferecer afecto.
Umas óptimas festividades,
Publicado no site Akademia (dezembro 2010)
Adorei! Feliz Natal, cheio de afectos :)
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